quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Quantificação Económica de Biodiversidade

Quantificar a biodiversidade apresenta-se como um enorme desafio. O seu estudo pode contribuir para a promoção e implementação de políticas de incentivo e de recuperação de habitats e ecossistemas, num mundo de escassos recursos e busca acérrima e conflituosa. Alguma da informação sobre as preferências da conservação de biodiversidade são melhores do que a não informação se a sociedade manifestar vontade de fazer escolhas e for sensível a escolhas politicamente inclusivas. Os políticos podem beneficiar da informação sobre o valor económico das diferentes acções dirigidas à protecção da diversidade.

Para se estudar cabalmente o conceito e as suas implicações, depara-mo-nos com inúmeras questões, nomeadamente com o desconhecimento por parte do cidadão comum sobre estas temáticas, embora este, regra geral, valorize mais as perdas do que os ganhos. O termo biodiversidade é desconhecido por uma parte substancial da população. De facto não existe uma única definição de biodiversidade, sendo contudo consensual que corresponda ao nº de espécies por unidade de área. Naturalmente é necessário definir espécie e o que a constitui, e a área onde se encontra. Os ecologistas reconhecem que a biodiversidade pode ser descrita e medida como a diversidade de espécies numa comunidade ou habitat.

De forma a contornar as insuficiências de conhecimento por parte da população em geral, existem evidências de que acções de sensibilização, com óbvios esclarecimentos e participação pela audiência, podem ser profícuos e úteis sob o ponto de vista da aquisição de competências e sabedoria. Importante será a utilização de de terminologia não científica que descreva os conceitos associados à biodiversidade, bem como o recurso a tecnologias multimédia, que contribuem igualmente para a transmissão mais eficaz da mensagem.

As populações devem ser ouvidas e convidadas a apresentar sugestões sobre que aspectos gostariam de ver protegidos ou melhorados, pois como uma sociedade temos escolhas sobre como pretendemos responder às ameaças à biodiversidade.

A maioria das pessoas entende e aceita pacificamente o pagamento de um imposto como objectivo de contribuir para a protecção e melhoria da biodiversidade. Não aceita muito bem o pagamento de qualquer imposto que simplesmente adie ou atrase o desaparecimento de uma espécie. O serviço prestado pelo ecossistema que têm um impacto directo na espécie humana são muito valorizados.

Em suma, devemos promover o esclarecimento das populações sobre as questões da biodiversidade, independentemente da metodologia usada. Apenas desta forma se aumenta o conhecimento e a possibilidade da sua participação num assunto que é do interesse das sociedades. Embora possam ser induzidas sugestões, é à classe política que compete a aplicação de muitos mecanismos para minorar, melhorar ou recuperar habitats ou ecossistemas.

1 comentário:

  1. Olá Victor
    As pessoas entendem a importância de preservar uma determinada espécie se forem devidamente esclarecidas, aqui estou de acordo!
    Quanto ao pagamento de impostos ou outro tipo de tributação para defender uma espécie aí estou mais reticente... A nossa carga fiscal já é pesada...
    Vânia

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